Foi a partir do olhar sensível do casal Wilsilon Fernandes e Vanessa Fernandes, onde os mesmos identificaram que na comunidade do Nova Esperança, área geográfica de muitas carências, à época havia poucas escolas públicas, em que crianças poderiam sentir-se acolhidas, seguras e protegidas, uma vez que os pais, ou melhor as mães identificadas verbalizavam pouco cuidado ou maus tratos pelos educadores de seus filhos. Não obstante à escola,mas dentro dos lares não havia espaço para muito afeto ou diálogo para um crescimento saudável e promissor.
O casal identificou não somente crianças com baixo rendimento escolar, mas crianças desasistidas pela família. Os mesmos visitavam lares onde a escassez alimentar acendia e as estruturas das casas onde habitavam estas crianças eram precárias. Reforça-se que a maioria destas casas eram sustentadas por mulheres que eram arrimo da família, família esta onde os laços familiares eram frágeis ou rompidos.
O casal começou então a jornada de buscar apoio através de amigos para vestir um, calçar outro, dar acesso a reforço escolar promovido através dos mesmos e com apoio de amigos professores voluntários, em um prédio cedido com pequenas salas de aula. Não menos importante via- se que a criança buscava alívio através dos lanches ofertados e mais uma vez através de pequenos e frágeis projetos buscava-se soluções para apoiar na segurança alimentar dos pequenos. Passado 05 anos, o casal mudou-se para o bairro da cidade nova, localizado na zona norte de Manaus e deu continuidade no Estender a Mão àqueles que necessitam, os menos favorecidos.
Após avaliar a necessidade local, foi identificado que a geografia apresentava latente necessidade em relação ao amparo aos jovens, onde muitos estavam sendo envolvidos em práticas ilícitas e na tentativa de resgate, foi inaugurado o Projeto Derrubando Gigantes, um projeto voltado a práticas marciais, obtendo êxito no resgate de muitos jovens, fortalecendo o desenvolvimento dos atletas que logo começaram participar de campeonatos. Assim fomos abraçados por suas famílias e novas descobertas foram surgindo, onde havia na comunidade local muitas mulheres que sofriam de violência doméstica e mais uma vez, mais um Projeto foi estabelecido para dar suporte e voz a elas e seus filhos, o Projeto Mulheres Protegidas que atua ainda nos dias atuais com apoio psicológico, apoio para denúncias, fortalecimento dos vinculos familiares, apoio em segurança alimentar, desenvolvimento da autonomia destas e de seus familiares.
A partir do ano de 2019 novos projetos foram possibilitado como Projeto Estrangeiro Amigo que atende migrantes Venezuelanos. Projeto Movimente-se que atua no Serviço de vinculos comunitários em espaço público dentro do Núcleo 15. Projeto socorro presente onde levamos acolhida, vestuário e alimento para suporte das família que encontram-se em desemprego.
Temos a seguinte premissa: acolher, identificar, encaminhar. Para o ano de 2022, novos avanços com a constituição legal do Instituto Estendendo a Mão, atuamos na Proteção Social Basica com apoio de 01 Coordenadora, 01 assistente social e mais 09 apoiadores, todos de forma voluntária.
Entendemos que,estender a mão e um ato de amor ao próximo obedecendo um princípio de fundamental relevância para nossa existência enquanto instituição. “tive fome e me destes de comer, tive sede e me deste de beber[…] quando fazes um destes, o fazes a mim,disse Jesus!”
Estender a mão não é um ato de levar pessoas à miséria, é conduzi-las para o seu próprio desenvolvimento, todos nós somos capazes de crescer! Vanessa Fernandes Capelã, Pastora e Esp. em Saude Mental.